Já briguei com tudo,
Já briguei com elas,
Já briguei com eles,
Já briguei com todos,
Já briguei com o mundo.
Com Deus e os céus,
Ainda não briguei,
Bem que tentei.
Porém, agora, desconheço,
Se disso Deus conta faz,
Pois sou eu que, incapaz,
Fui, d´Ele, me afastando,
Nem ao menos anotando,
Quando a briga comecei.
Em lugar de bem amar , briguei,
E, comigo, continuo brigando!
É briga e mais briga,
Que não mais acaba,
E nem sei até quando
Continuarei a brigar
Me obrigando a nada.
∞
Posso, sim , ser azedo,
posso, até, ter muito medo,
pois que, bem informado
de um já traçado legado,
tenho, nas notas de rodapé,
o texto perdido e achado,
o arremedo de um enredo
mal revisado.
∞
A fragilidade humana me espanta e vexa,
Perante a invencível tarefa do universo,
Em experiências sempre complexas!
A tão grandes penadas dúvidas,
E distâncias sem clemências!.
Pouca a matalotagem de coragem
A transportar, com paciência,
Por caminhos perversos.
Ser e vir a ser parecem, apenas,
Duas duras instâncias:
A nos vencer, ou a se vencer
Sem muita tardança.
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