quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Pensares a conta-gotas (168)


Escrever bem sobre o banal,
não falar mal do geral,
comer só o trivial,
como é normal,
só faz bem,
etc e tal.
Uau!

 

 
Nada melhor
do que viver só
ou de amor.

 

 
No magnífico Hotel, caro e chique,
come-se com os olhos,
cheira-se com os olhos,
ouve-se com os olhos,
deita-se com os olhos,
apalpa-se com os olhos. 

Mas o que os olhos veem,
a boca nem sabe contar,
o olfato não alcança sentir,
os ouvidos não podem traduzir,
o corpo não consegue vestir,
o gosto não aprende a gostar. 

Apenas alguns que de status gozam,
costumam exibir-se, como expertos,
repetir o óbvio, dado por certo,
e mentir a verdade, por vaidade.

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