Apresento-me como sou,
no passo dos dias, contradito,
com condicionantes, todavia,
e mais diferenças, à revelia
de vaga mente.
Soo como vento,
ora varro chão,
ora vago ar e me invento,
embora desatento,
é vero,
parcialmente;
voo como gavião,
ora raso, de muita pressa,
ora plano, de olhar atento,
avarento dos espaços,
diuturnamente;
perco-me em devaneios,
ora inconsequentes,
ora de anseios vários,
cheios de receios,
e mais componentes;
caçoo das circunstâncias,
por saber-me de barro feito,
ora tijolo, já cozido e frio,
ora ainda no forno de calor
ardente;
magoo-me facilmente,
ora de levar vida
discreta,
ora de pressentir
riso secreto,
que me sabe de
malícia,
subjacente;
encordoo-me de lembranças,
ora no sem-que-fazer diário,
ora na labuta necessária
da sobrevivência desejada,
polivalente;
recolho-me aos
cantos,
ora como ente amedrontado,
ora como ser carente
de corpo e alma
levados,
timidamente;
condoo-me nos dois sentidos
da palavra dada, escrita e falada,
ora exata e polêmica,
ora, cordata e valente,
concomitantemente;
Assim, vou tecendo
roteiros,
à procura de
traçado adjacente,
sem muito esperar
resultados,
dos rastos
penitentes que traço,
compassadamente.
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