sábado, 4 de julho de 2020

Migalhas de Mim (40)


Inúmeras belezas brasilis
se espelham na matriz
maternal natureza,
pra se ver e admirar,
por tão curto espaço de tempo
de vida onipresente, colorida,
de convívio salutar.

O céu todo se colore
no final das tardes,
nos alvores das manhãs,
nos meados dos dias quentes,
no afã de adocicar o olhar
do vivente atento,
caminhante consciente.

Flores distribuindo olores,
nos mais variados matizes
de árvores, rios, céus e mares,
no acinzentado das nuvens,
em união alegre de tons,
nos mais altos degraus e sons
dos alt´ares do vento.

No transporte das águas em gotas
e demais gerências de múltiplos
arco-iris enfeitados ao sol luzente,
primam todas as grandezas e fatores,
em duplas doses de amores ardentes,
que acalentam e povoam de riquezas
o país das raças de diversos valores.

No espelho de doçuras e cores,
na textura das tezes cunhantãs,
sacis, curumins, piás e guris, 
de plagas pampianas, sertanejas,
litorâneas, pantanosas, amazônicas,
de portes e larguezas que tais,  
sob céus assoalhados de algodoais.

No âmago de tudo isso,
sem quaisquer sinais de artifícios,
há os povos de sementes bastantes,
misturas de joões e teresas,
guaracis e potis, ivans e alices,
uanas e iangarás, hatices e samis,
corações em ações prolíferas,
na rara pureza dos cantos brasis.


Um comentário:

Rogoliveira disse...

Gostei muito!
Parabéns! Soltou o pensamento e o deixou fluir, volitar sobre esse nosso Brasil continente; esse Brasil de belezas e contrastes de encher os olhos e tocar o coração!!