sexta-feira, 24 de maio de 2013

Pensares a conta-gotas (193)



O domingo tem silêncios de crianças,
dormindo à sombra de paisagens tristes,
a não se saber o que fazer do lazer,
de mais sossegos e de menos tumultos. 

Aguardam-se segundas, semanas, vida inteira,
para um renovar de pensamentos fecundos,
para não se contentar de alegrias poucas,
e grandes porções de solitários mundos.
 


 
Sinto o que sente
um velho solitário,
ao se ver no tempo da morte,
vencido pela própria consorte. 

Desenovelando o quase acabado novelo,
relembra, do início, os terços do rosário,
desfiados com as dezenas das penas,
separadas em partes iguais,
apenas do etário pesadelo.

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