quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Pensares a conta-gotas (48)

Até onde, entrando no mato,
Se vai, na mentira dos fatos?
Até a metade, diz, sábio, o vulgo.
Dali em diante, já não mais se sai.

Mentira a dentro,  mais mentira atrai.
Só a verdade, parece, entra, de fato,
Até o âmago do recôndito mato,
E, dali, só com ela, à frente, se sai.




Temos muito medo de viver.
A vida nos ameaça de morte,
Independente de sul, de leste
De oeste, ou de norte,
Que a solidão nos apavora,
E o sono nos abandona, sem hora.

À noite, na cama, insones,
Viramos de costas, de lados,
Preocupados com resultados.

Temos que nos esquecer
Dos pensamentos pesados,
Dos malfazeres criados.
Só, assim, nos sentiremos
Um pouco mais assegurados
De vivermos amedrontados.

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