quinta-feira, 18 de julho de 2013

Pensares a conta-gotas (211)


As fotos ficaram expostas ao tempo,
esquecidas sobre o armário,
dentro de um balde desnecessário. 

Amarelaram como a vida de dissabores,
que, aos poucos, evanesce, se esquece,
desaparece, perde as cores. 

Duas gerações mais, ir-se-ão as lembranças
das figuras sorridentes,
que lá buscaram abrigo, em vão. 

O planeta é bem mais antigo,
o(s) universo(s), bem mais vasto(s),
do que estes sorrisos amarelos, de ocasião.




 
Os escrúpulos o fenderam ao meio,
porque não conseguiu detê-los,
por força de uma força sem tino,
que nunca soube de onde veio ou vinha,
ou vem do além, das fraquezas,
ou das incertezas do destino!

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