terça-feira, 9 de julho de 2013

Pensares a conta-gotas (207)


Já não temo os castigos eternos,
perco o medo dos infernos,
dos anjos maus, dos demônios,
das almas penadas e assombrações,
dos tridentes de assar pecados,
das culpas e escrúpulos danados. 

Cultivo a poesia,
feita com harmonia,
a bondade de Deus,
carinhoso e bondoso como pai,
que diz “vai, que eu seguro as pontas,
e você não cai!” 

Somos todos caminhantes, tripulantes
em travessias, de estradas infindas,
com rumo infinito de idas e vindas,
com belas paisagens nas cercanias,
consolos de gente carente,
de menos energias.  

O amor está ai, presente,
para se cultivar e sorver,
como ar puro e benfazejo,
como o belo, para se ler e ver,
que o feio é a falta do prazer,
dado para se viver, contente.

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