segunda-feira, 1 de julho de 2013

Pensares a conta-gotas (203)


(716 Sul – Praça Centro Clínico)


Retrocesso no excesso da incoerência
do progresso, expresso
na carência das essências,
nas presenças dos controversos,
nas convergências do universo? 

Cabisbaixa e alheia, ela se fixa no celular,
como outros no Ipod, Iped, Iphone, Tablet, ou coisa igual,
e se esquece do mundo e do burburinho da praça,
não enxerga viv´alma, envolta na fumaça,
que se esgarça e se perde de seu ar impessoal. 

Até quando essa lida perdida,
para desgraça geral do conhecimento,
no esquecimento banal dos rápidos momentos,
sem que convívio algum, ou sentimentos,
sejam a pedra angular, em que se embasa a vida?


      
 

Nas encruzilhadas das estradas,
dessa vida de pressões, atribulada,
de pressas e compressas, cerradas,
em que não se pode parar de pensar,
nem nada fazer para se furtar
às partidas e largadas combalidas,
muito acerto se deixa de anotar,
muito deserto se deixa de passar,
ou, quem sabe, passa-se sem saber,
porque não há como deixar de passar.

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