quinta-feira, 10 de maio de 2012

Pensares a conta-gotas (98)

Que Deus não se ofenda
com tantas indagações!
Mas há de sobra razões,
para se perguntar,
com mais razão e critério,
por que tantos mistérios
a nos levarem de roldão
a caminho do cemitério?

Deus nunca foi, nunca será.
Tudo, nele, étempo e lugar,
como em um qualquer de nós
que almeja sempre viver
para sempre durar.

Por que sempre se exaltar,
uns mais, outros menos?
Somos donos do terreno,
sem curvarmos a cerviz,
sem nos impor diretrizes,
para chegarmos lá, onde
nunca se haverá de chegar.

Por que não se poder conceber,
como exemplo, a nos guiar,
Deus, como pai, Jesus, como filho,
o Espírito, como santo da luz,
e nós, pobres humanos,
como criaturas longe da cruz?

Nossas imagens são bem comuns,
semelhantes a templos e moradas,
com um antes, um agora, um após,
em sempr´eterna caminhada,
sem largada, sem chegada, 
sem tantos incentivos de viagens
com algumas certas paradas?

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