terça-feira, 8 de maio de 2012

Pensares a conta-gotas (97)

Na gaveta, o tempo
desencava guardados.
Depois, depois
de muitos depois,
amadurece o tempero
dos vários achados,
que vão se entranhando
em folheados apontamentos,
que trazem ao lume
os todos sentimentos,
satisfações, emoções,
até descontentamentos.




Nova linguagem nas contas,
novas formas, novas cores,
novas memórias, novos valores,
novos estados, novos rituais,
longe dos sequazes do ganho
e seus altares de amores. 

Somos, todavia, em tudo, desiguais,
ó artistas das lembranças escultores!
moradores de terrenos universais,
de bens sempre duráveis, novos lares.

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