Por que o medo de viver,
Senão pela ânsia de evitar
As vascas reais da morte?
O viver é sempre perigoso,
E o morrer é forçoso aceitar,
Sem o de como dele escapar.
Vive-se por missão de ocasião,
Até quando a sorte durar,
Ou, então, até quanto
A tensão suportar.
∞
Por que a louca procura
De descendência direta,
Pura e concreta,
De herdeiros verdadeiros,
Que reforce a legítima família,
Senão, a guarda das posses
E da suspirada mais-valia?
Por que se lega mais facilmente
A filhos de púrpuro sangue,
Às crias da dor da semente,
Ou do amor o mais langue,
Os frutos do esforço bumerangue,
Do suor do desgastado rosto,
Breve, a se retornar exangue?
Um comentário:
Bom estar aqui com estas palavras!
Estarei meio que à conta gotas
saindo com vontade de cartar
e querer logo voltar!
Obrigada pelo convite das filhas,
Obrigada pelo conforto das letras todas,
Mariane Ribeiro
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