domingo, 13 de outubro de 2013

Pensares a conta-gotas (241)

(Haicais Fingidos 5)
 
Nada é aleatório:
acaso, sobrevivo
no descanso das horas? 


Reluto em morrer,
ou lutar seria luta vã,
irresoluta? 

 

Longe de sermos santos!
Só menos demônios:
melhor assim! 

 

Choro suor derramado,
alimento minguado:
malda o mundo. 
 
 

Uma vez, apenas,
passa ocasião à porta,
e vem sem volta. 

 

Guardem o dinheiro,
porque o nome,
não some. 

 

Sementes de orvalho,
sereno da manhã:
gotas de romã.  

 

Penso, logo insisto
em viver intenso
o já previsto. 

 

Rituais alados,
prima chuva:
núpcias de cupins. 

 

Tanajura,
em esforço derradeiro,
gera o formigueiro.

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