domingo, 6 de outubro de 2013

Pensares a conta-gotas (236)


Perdão! Sou por demais retroativo,
tenho medo do esquecimento.
O entusiasmo me empolga
ao arrebatamento,
do momento. 
Depois,
folgo.
 
 

 
Por que ainda me olhas,
assim, tão grave,
ó imagem revolta,
se meu olhar já se foi,
e estás, agora, à solta,
sem saberes quando volto
ou se, apenas, me revolto? 

 

 
Cassandra, imagem minha,
profetizas soluções,
para os descaminhos dos outros.
Para si, mesma, não encontras respostas,
para os dilemas que a dominam. 

Os deuses não lhe negaram dons
menos proféticos,
para que menos sofresses
ou menos causasses problemas
que, sozinha, não os resolvesses. 

 

 
E Deus criou a luz,
que varre os espaços
e as consciências
dos paços.  

E Deus criou a escuridão,
que apaga as suspeitas
das cegueiras feitas,
das faltas e omissões.

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