sábado, 12 de outubro de 2013

Pensares a conta-gotas (240)


(Haicais Fingidos 4)
 
Redemoinho na praça:
diabo em movimentos,
no vento 

 

Algodão-doce de nuvens:
flocos se espalham,
colírio dos olhos. 

 

Pensamentos à solta:
imagens marotas
assombram. 


Poema na agulha:
fagulha suprema,
da rima. 

 

Incêndio, de repente,
coloca fogo nos olhos
da imprudência. 

 

Noite mal dormida:
corpo sonolento,
mente lenta. 

 

Pequizeiro do cerrado,
agulhas subjazem
sabor amarelo. 

 

Poema sugere
belas imagens:
haicais singelos. 

 

Macega, ondas e vento:
amarelo momento,
sós, eu e o silêncio. 

 

Eterno dilema:
gente vai ou volta,
na roda da vida?

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