domingo, 2 de junho de 2013

Pensares a conta-gotas (196)


As distâncias, fatalmente, chegam
de todos os cantos de mundos,
de procuras, de lonjuras sem cura,
e vão deixando de lado aparelhos rombudos,
do tempo dos mata-borrões e trabucos,
dos rabiscos, estiletes,
tintas e grafites caducos,
bem antes das teles, gigantescamente
a descortinarem mais longínquos poentes,
e desconhecerem os mais largos espaços,
que nem o pensamento haverá de alcançar,
apesar de, no fundo,
o âmago ser tão profundo.

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