O poema não pede para ser
processo,
de difícil acesso
à poesia.
O simples é ser disponível
ao público carente, amante do natural,
do vestir modesto,
do comer frugal,
do beber igual,
e do ler sem gesto.
A poesia pura chega
como pássaro ao ninho,
bem de mansinho,
sem ser notada,
sem ruído de aplausos,
ou de forma pensada.
De carreira solo,
não esconde o rosto
ao belo, a tiracolo,
vestida de arminho,
tem gosto singelo,
e não se come sozinho.
∞
em versiprosa,
em prosiverso,
a poesia transcende
o imanente do universo.
Somente na calma
transcende o real
e se ascende
à singeleza da alma.
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