sábado, 17 de novembro de 2012

Pensares a conta-gotas (155)


Há textos
com mais ou menos
confeitos,
com menos ou mais
redemoinhos e jeitos
de pensamentos,
jogados ao azar
dos ventos.

Idiossincrásicos
tons,
ousadas cores
e sons,
de mais conceitos,
de menos proveitos
de mais ou menos efeitos
batons.

 

 
Ocorre-me tecer e pensar
asneiras, pilhérias,
até, quase besteiras, misérias,
de variadas maneiras
no proceder das carreiras.
Quem de as conter e conferir,
reprovar ou repelir,
como lhes apeteçam,
ou, mesmo, queiram
que aconteçam?

Urdo textos e mais novelos
de algodões e lãs
e desconheço
tropeços e solavancos
de cabrestos.

 



A porção de arroz
que, ora, na fome
da sorte, traças,
dá bem para dois
comparsas,
em frugal repasto
em que sou o réu,
e você, o algoz
das praças.




 

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