terça-feira, 13 de novembro de 2012

Pensares a conta-gotas (152)


 Flamboaiãs, ipês e flores em festivais de cores

 
De repente, Brasília se incendeia,
Flameja num afã de festas a mancheias
De tantas réstias de cores e vestimentas
Róseas, amarelas, verdes e vermelhas.

Da terra brota o fogo,
Num duelo de brotos e afagos,
Desde a prima luz da manhã,
Nas flores quentes dos ipês e flamboaiãs.

O róseo e o roxo se acendem;
Singelo, surpreende o amarelo;
O verde, em véu, esplandece,
O branco e o azul ressurgem, no céu.

Um tapete vermelho
Se estende conforme,
Na passarela do fausto enorme,
Que o novo aparato alardeia.

Não há licença a se pedir,
Não há pedágio a se pagar.
Um só desmedir-se de piso e cores,
Para toda a gente poder passar. 

Mas há muito mais de que se lembrar:
A Cidade é toda cerimônia de fogo,
Dos palcos aos palácios e monumentos,
Dos festivais de gozos, dos sentimentos.

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