sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Pensares a conta-gotas (154)

O sol desanda do compasso dos homens,
desconhece o tamanho certo
dos sapatos pesados de pés espertos,
que só andam no ritmo incerto,
à procura de quantos enormes ganhos.

O interesse dos grandes quereres terrenos
menosprezam
as necessidades dos seres pequenos,
extenuados das grandes vias
de cruciais agonias.

O horário de verão, por sinal,
é feito ferrão amolado
a ferir crianças no sonho interrupto,
ainda envoltas no escuro do sono,
para irem à escola de titubeantes
distribuidores de luz.

Entrementes, os insensatos magnatas
fingem desconhecimentos
dos que ignoram seus usos profusos.
de só pensarem nos pobres viventes
como frias porcarias
presas de ironias e motivos escusos.

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