quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Pensares a conta-gotas (156)


A vida será eterna,
para quem deixa
das passagens,
sinais de presença.

Há quem desaparece
nas curvas dos mapas,
e só aderna
em águas turvas e densas
de cisternas.

 

 
Da morte,
seria a pior parte,
a definitiva idade? 

Morre-se aos poucos,
sem deixar de ser
de eterna idade?

 


O que adianta finar-se
por causa maior
de merecimento?

O que se há de exaltar,
senão atos menores
de endividamento?

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