De que haverá
de se lembrar?
Desse deserto
de pouco amor
e gramas?
de esquecimentos?
De águas ferventes
de indiferenças?
De fronteiras amuradas
de egoísmos?
De caras amarradas
de lavadas carências?
De vidas passadas
sem saudades,
de demências?
∞
Não se lamenta o acontecido,
quando muito, comenta-se
o aprumo das rodas,
o rumo do roteiro,
a consistência das molas,
a velocidade dos fatos.
O destino é que controla
a vida que segue e não para,
porque a viagem é sem demora,
e podem ser muitas e variadas as rotas,
pouco se tem ciência e visão,
do pó das estradas remotas.
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