sábado, 28 de abril de 2012

Pensares a conta-gotas (95)

Se a vida é fácil,
as vontades fracas,
os corpos frios,
soçobram ânimos, 
restam desânimos,
que silenciam cios,
em mais desafios,
de correr os anos.

Intolerante nonada
desorienta a manada,
empunha berrante,
extravagante, o bastante,
em altos berros e brados
de vida na estrada.

Fragilizado, o vivente,
já no final da linha,
arrasta chinelo
atrás da abelha rainha,
de pires na mão,
para ouvir o sermão,
de irremediável rinha.

   


No movimento dos seres
só restam momentos.
Instantes insistem
em alegres e tristes eventos,
a boiarem no alguidar
dos tempos persistentes,
das águas das incertezas,
que não se deixam, à mesa,
sorver na ligeireza das correntes.

Nenhum comentário: