terça-feira, 24 de abril de 2012

Pensares a conta-gotas (93)


Quis o Destino
nascêssemos peregrinos,
em terreno pequenino,
de família desigual,
sem qualquer sinal
de fato divino,
expostos a desatinos
multivitelinos?




Idéias não se concebem soltas,
nem se manifestam revoltas,
amontoadas sobre folhas,
umas sobre as outras.

São cadeias de consciências,
destiladas do conta-gotas
das experiências da ciência
mal saídas de dedos e bocas.




Tudo, no mundo, é sentido,
tudo é inquieto, remexido,
tudo, no fundo, é confundido.

Até os mínimos sentimentos,
às vezes, são incontidos,
e, no foro íntimo, invertidos.

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