segunda-feira, 9 de abril de 2012

Pensares a conta-gotas (87)

Empunhados punhais,
Porções de infidelidades!
As há? Será? Por quê?
Quem não as cometeu,
Ou não as muito sofreu,
Ou, então, não as sofrerá,
Ou não as mantém,
Sendo delas refém,
Em fatos, em fotos,
E... para sempre, amém?
O que mais importa pensar
Em amores antigos,
Ou, mesmo, em sonhos tocá-los,
Ou, dormente, revisá-los,
Ou, no íntimo, revivê-los,
Ou, desperto, reavivá-los,
Em acalentados devaneios
De desvelos, e mais anseios?
O que ainda conta no amor guardado
É amar sempre mais profundamente,
E, se, à flor da pele, floresce,  
É porque está sempre latente,
À espera de mais profícua messe.
O fruto do amor vem da flor, de cálice e corola,
Como estilete, estigma, estame, pistilo, dor.
De fora para dentro, em movimentos,
De dentro, em sentimentos, pra fora.
Primeiro o amor a/flora, e rasga,
De/flora, como se faca fosse,
Exaustivamente, cúmplice,
Para, depois, brotar,
Veladamente, só,
Inconsciente,
Na gente.
, sim,
Amor
Hav
er
á.

Um comentário:

marinabolfarinecaixeta@yahoo.com.br disse...

Uau! Adorei, pai... Que imagem interessante essa do amor!