Tudo enxergo dual,
e me locomovo,
em duplicações:
Há pertos e longes,
desertos e mares,
passos e descompassos,
alegrias e lágrimas,
contratempos e sorte,
vigílias e sono,
abundâncias e carências,
reencontros e saudades,
alertas e letargias,
rotinas e novidades
em quantidades.
Até os enamorados
se amam e se duplicam,
em estreitas parcerias:
Sem barreiras e controles,
medos e covardias,
faltas de tempo e permanências,
dores sofríveis e intensas,
esperas curtas e longevas,
laços frágeis e passageiros,
amor carente e silêncios,
ânsias soltas e envolventes,
desejos insaciáveis e insatisfeitos,
vidas que vão e não voltam,
continuamente.
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