terça-feira, 29 de agosto de 2017

Nuvens esparsa (69)

Vida forra de passarinho.

Sem pensar em dias,
nem horas,
sem quase o que fazer
de dever ou demora,
a não ser viver,
e fazer viver,
e cantar e cantar,
a não mais poder,
pelo quanto puder
aguentar de lazer,
de soprazer,
o pássaro, parece
passar o tempo em prece,
sem fazer de conta,
porque a vida é leve
passatempo no ar,
de brisa breve,
estrada larga,
sem paragens,
sem resistências 
ou retráteis margens.

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