Árvores copadas:
vento brinca
de soprar ventanias.
Verde novo,
folhas de esperanças,
ternuras de árvores.
Azul se esconde
onde vazio do céu
é véu sem cor.
Resplendente azul,
céu se descobre,
luz do meio-dia.
Em que águas for,
rubro tinge o espelho
da mágoa.
Amarelo tecido de sol,
ipês da mata
resplandecem à luz.
Cores do branco,
paz na bandeira,
impera.
Sabiá infla o peito,
de graça, o canto,
respingos da chuva.
Garricha se veste de barro:
uniforme em cena,
coloridas penas.
Crepúsculo,
céu usa fantasias
de carnaval.
Serra fuma,
fumaça da terra,
cheiro de chuva.
Esfuma a terra,
neblina na serra:
chuva nos olhos.
Escuro da mata,
vida se esconde,
pontualmente.
Silêncio isento,
zunido no ouvido,
grilos barulhentos.
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