sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Nuvens Esparsas 8




Vozes infantis acordam a manhã,

gritos, choros, birras, risos, movimentos.

O silêncio do velho prédio, de pés quebrados,

revive na pouca vida

dessas criaturas mínimas.



Elas não sabem disso.

Por isso, agem assim natural,

o normal.

Delas só se imagina o longe das possibilidades. 



Pudesse voltar a ser criança,

incorporar pureza e inocência a pouco de razão!

Avezinhas tagarelas,

minhas vizinhas olham para o alto,

para perguntarem meu nome.

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