domingo, 17 de março de 2013

Pensares a conta-gotas (186)


Onde já estive, não sei,
em que céus estarei,
o que será de mim,
se a vida é eterna,
e a morte certa
não será o fim? 

 

 
Por que o batismo
precisar apagar pecado
de quem jamais o cometeu?
Por que nascer condenado
nesse mundo maniqueu? 

Impensável, morrer destinado
a seguir, compulsório, 
aos céus, infernos ou purgatórios,
ou ao limbo,
que, por ilusório e inútil,
já se extinguiu! 

Para onde vão,
foram ou irão,
os que, em contramão,
não conheceram
o Deus cristão? 

Se houver respostas,
que sejam tais à Imaculada Concepção,
caso não,
que sejam iguais ao que fomos e somos,
distantes da Instituição.

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