sexta-feira, 8 de março de 2013

Pensares a conta-gotas (184)


Mais perguntas:

Onde poderemos ser,
ainda,
nós mesmos,
sem só precisarmos divulgar
fartos feitos,
em descampados de silêncios
que apontam
céus,
que alargam maiores efeitos? 

Onde poderemos sair,
assim,
com projetos
de cumprirmos os começos,
fins e meios,
sem olharmos para trás,
sem o alcance
de enxergar ideais,
por apoiar preconceitos? 

Onde saberemos recompor
nome-sujeito,
e pensarmos
mais além,
do que em nós-mesmos,
a nos cobrarmos pessoais
valores-objetos,
a nos contentarmos
com trajetos-incertos? 

Valerá a pena vivermos
em nuvens imaginárias,
existentes em pós,
bem mais ilusórias,
do que em nós,
escondidos nas próprias cavernas,
para, sobremodo,
acreditarmos
em extraordinárias histórias? 

A humilde postura
parece ser
a de vivermos discretos,
seguirmos roteiros certos,
para melhores acertos,
longe de perdulários mundos,
com os mínimos critérios,
guardados em armários de memórias,
e de mistérios!

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