Por aqui, o sol nasce
e se impõe,
no percorrer do céu sem véus,
medindo tempo e espaço
de não morrer de escrúpulos,
mesmo com estertores de cores
do crepúsculo.
Nuvens não se escondem,
por muito tempo,
no seu vagar de momentos.
Longas águas as aquecem,
límpidos ares as desvelam,
natureza as circunda,
e pássaros que as tecem.
Por lá, o sol se levanta
quatro horas mais cedo
e se põe a trabalhar,
o dia inteiro, sem parar,
sem se dar a folguedos
de outro linguajar
e enredo.
Já de tarde, vai se deitar,
sem alardes, para descanso,
por ter de, “au lendemain”,
voltar ao ponto primeiro,
refeito e pronto,
do circuito obreiro
do picadeiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário