terça-feira, 11 de agosto de 2020

Migalhas de Mim (49)

 

O cérebro anota,

indelevelmente,

o que ofende ou arranha

o sentimento.

 

Quando menos se espera,

algo aflora de supetão,

para jogar para fora

 borra de purificação.

 

Quem nunca se surpreendeu

com algo, que, até então,

de imprevisto,

nunca havia concebido?

 

Poço de mistérios não seca,

em apenas algumas horas

de vivência e experiências

psíquicas e corpóreas.

 

Carrega-se na mochila o peso

de um tudo de aprendizado,

pelas estradas empoeiradas

de tempos presentes e passados.

Um comentário:

jota Caixeta disse...

Gostei muito desse poema! Um tanto quanto terapêutico. Um dia as coisas do nosso subconsciente vêem a tona no nosso consciente para nos lembrar que há o que tratar... até nisso, nossa biologia mostra sua perfeita engenhosidade