É terno o amor
Nunca soube como será,
mas sabe que há de voltar
de viajadas paragens,
de páramos etéreos, siderais,
de factuais translados
já muito d’antes firmados.
Também ela, bem sabe,
das voltas, por oportuno,
de outros vagares diuturnos,
desconhecidos e distantes
desses globos oculares,
desses aguçados ouvidos.
Entre afagos e abraços,
demasiados sentimentais,
de corpos e poros abertos,
a suores recobertos, embebidos,
corações nem um pouco frios,
nem tampouco irreais e vazios.
Palavras amenas, de certo, terão
correlatas distrações de serão,
confessados receios de repartidas
para locais descabidos, desertos,
por motivos diversos já imaginados
e irracionais apreensões!
Laços pelo tanto combinados
deverão ainda indiciar roteiros,
de tais desatinados amantes,
companheiros do amor verdadeiro,
que deveras será correspondido,
por se manter pelos tempos urdidos!
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