terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Cantos e (des)encantos (15)


Poemas se vestem de prosa

em versos a prosa traveste

e diverte.



De que serve

o que importa

o que suporta

a pouca roupa

da verve?



O que se investe

é o livre pensar.

Da fruta, a parte boa,

o melhor sabor

é o da polpa.



Os escritos não são assim

tão ex-atos,

mas crus relatos.



Eis a verdade de que tantos fogem:

o medo é dos que dela carecem,

velhos vates e vaidosos.

Nenhum comentário: