sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Cantos e des(encantos) 2




Apesar deste meu algo doado

terno, desta minha cá puxada

barba alva, deste nó enlaçado

na gravata, deste vago olhar

de circunstância, não me en-

quadre, por  favor, não  me

confunda, não me amole, não

me amarre, não, não me enrole

neste qua-dri-lá-te-ro social !



    


                                               


             (Souvenir)



Dessas quantas andanças

estâncias de errâncias

trago-te de lembrança

ao menos o sorriso

guardado fielmente

em instantâneo indeciso.


Reparte-o com figuras tristes

tais forçados convivas

da sorte e da lenta morte

que sempre insistem

em tantas portas

ainda, felizmente, vivas.

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