Há que haver Deus vingativo,
para homens atrozes e maus,
que dão de beber veneno ou gasolina
a crianças sãs, palestinas,
para incendiá-las diante de gente
cega,
seres sem ego, de cabeças de prego?
Há que haver vida digna, sincera,
para além do planeta Marte,
onde aconteça justiça vera,
aos que aqui são de pouca sorte,
que nascem e sofrem as diferenças
desde a nascença até a morte severa?
Há que haver inferno, doído e
eterno,
que abrigue homens dementes
que eliminam mulheres e filhos
por serem canteiros e sementes,
promessas de mais tantas gentes
conscientes das ofensas catervas?
Há que se deixar somente a Deus
a missão de julgar os assassinos
da humanidade, coléricos e
falaciosos,
da justiça dos homens, oculta e
falha,
se a divina, distante e misteriosa,
só pertença a Deus que nos valha?
Um comentário:
Perguntas afiadas. De fio fino, frio e forte. Partindo a criação ao meio. Na busca de um segredo que se chama Sorte. Aquém de Marte e além da Morte.
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