sábado, 5 de fevereiro de 2022

Migalhas de Mim (108)

                            Penso no que escrevo,

do que me apeteço.


Para quando? Para quem?


Para mim, como ninguém


por certo e correto.

 



Também, para alguém


que encontre meus textos


em algum contexto


claro ou escuro,


de sebo ou livraria,


de monturo ou entulho,


com ou sem avarias.

 

Para que me atrevo?

Para desabafar o que me dói

ou me rói por dentro,

na alegria do sol

ou no desalento do momento.

 

Às vezes, me desprendo,

de uma borboleta que esvoaça,

à procura de flores que sugar,

ou de folhas novas onde botar

seus ovículos cristalinos,

no cumprimento do instinto

e do indomável destino.

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