A poesia
não quer saber de explicação
e não
carece de entendimento?
Fosse
assim, não existiriam encantos,
mistérios a
se perguntarem,
perante os
céus nevoentos?
Vale
escrever sem muito pensar,
deixar as palavras
chegarem,
sem pedirem
licença,
entrarem na
sala, atravessarem o salão,
irem à
cozinha, sem abrirem portas?
Tomarem café,
sem açúcar ou melaço,
sem se preocuparem
com sabor
e odor de
pó recém coado,
ou do terno
novo, às pressas comprado,
de se apresentarem desavisadas ao povo?
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