Tempos de viagens
Fim da tarde, passa o tempo,
como vagueia o olhar, devagar,
os pensamentos sonolentos,
o céu de carneiros e lãs,
vestido de róseas barras,
nesgas de azuis distantes,
nuvens cinzas, espaços pedrentos,
prenúncio de chuvas ou ventos,
crepúsculo de traços rúbidos,
amálgama de cores múltiplas.
A alma lavada em pensares diversos,
flácidos de sol cadente, se esvaindo,
em viagem de circundado silêncio,
paisagens mornas, a galopes motorizados,
ruídos tênues na passagem dos flúidos,
a janela cerrada de cortinas entreabertas,
o ônibus a cumprir distâncias contadas,
motivadas por cadenciados movimentos,
como sóem, também, ser nossos
pensares,
nessas referenciadas terras e ares.
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