terça-feira, 27 de junho de 2017

Nuvens Esparsas (61)

Se eu fosse como um dos outros,
não seria eu, seria outro,
nem melhor, ou pior, ou menor
do que ora sou, ainda vivendo,
porque o destino foi feito,
para não me deixar escolher,
nem saber o que teria  sido,
se não tivesse sido como ora sou,
com os efeitos me perfazendo.

Esse, o jogo da vida que se leva
com o contínuo passar dos tempos,
no dia a dia das lutas e labutas
de uma guerra eterna irresoluta,
pela força bruta de viver vivendo,
à revelia do querer, sem poder,
de se ir aos poucos se refazendo,
até quando nunca se soube decifrar,
num mundo de girassóis ao Deus-dará. 

Um comentário:

Unknown disse...

Joaquim,

você tem razão: CADA UM É CADA UM!

E só a gente sabe o que se passa dentro da gente...

abraço.

Dago