quinta-feira, 24 de março de 2016

Nuvens Esparsas (22)


De uma obra, outra se constrói

nos refazeres de poema-discreto.

Tudo conta, no fim das contas:

o abrir de valas, a base de pedras,

os andaimes suspensos, oscilantes,

o prédio da saúde em curso,

o diagnóstico do médico-arquiteto,

a enfermeira no serviço edificante,

o texto, como registro de discurso

persuasivo, pretensioso, correto.

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