sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Migalhas de Mim (65)

 

“O tempora! o mores!”

“Si jeunesse savait...si veillesse pouvait...”


“O temps, suspends ton vol!,

et vous heures propices,

suspendez votre cours!” (Lamartine - Le lac)

 

Palavras do Eclesiastes (Salomão), filho de Davi, rei de Jerusalém:

“Vaidade das vaidades! Tudo é vaidade”.

 

“Um tempo para cada coisa.

 

Para tudo há um tempo,

para cada coisa há um momento

debaixo dos céus:

 

Há tempo para nascer e tempo para morrer;

Tempo para plantar e tempo para arrancar o que foi plantado;
Tempo para matar e tempo para sarar;

Tempo para demolir e tempo para construir;
Tempo para chorar e tempo para rir;

Tempo para gemer e tempo para dançar;
Tempo para atirar pedras e tempo para ajuntá-las;

Tempo para dar abraços e tempo para apartar-se;
Tempo para procurar e tempo para perder;

Tempo para guardar e tempo para atirar fora;
Tempo para rasgar e tempo para coser;

Tempo para calar e tempo de falar;
Tempo para amar e tempo para odiar;

tempo para a guerra e tempo para a paz.”

 

(Eclesiastes 3:1-84 in Biblia Sagrada. Ed. Ave Maria Ltda, 5ª. Ed., 1964, SP. p. 832)


Os tempos eram outros,

pour sûr! Passamos,

mas não sabíamos

como podíamos,

de qualquer outro modo,

deixar de passar!

 

Ignotos, caminhantes,

desconhecíamos, de preparo,

o que não teríamos

de saber nem de poder

ou, por bem equilibrado,

de mais conhecer de tão raro!

 

Carregávamos no peso da idade,

restos de vida vivida, 

a consciência do que fomos,

de tempos, vezes perdidos, 

mas, já, agora, por dever,

a buscar recuperar o devido!

 

Ninguém é profeta,

em seu tempo de eternidade,

como em nenhuns, d´ailleurs,

lugares de nascença.

Do que se presta pensar,                                 

não nos cabe, aqui, reformular.

Nenhum comentário: