sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Nuvens esparsas (99)

A passagem


Finados,
dia sombrio,
ideias funéreas.

Como haverá de se dar o translado
desta para melhor vida infinda,
com senha definida, repetida,
em vai-e-vem catalizador?

Lugares vazios de entranhados mundos,
sempre se refazendo, girando,
iluminados, iluminando,
explodindo, se expandindo,
multiplicados, se multiplicando?

Quer-se a viagem sem dor, sem clamor
de ambos os lados:
do partir na sorte, e do chegar,
do recomeço e do tropeço na morte.

Para onde? Para algum lugar?
Céus e terras há para continuar,
infinitamente adequados,
em instantes certos ou ignorados.

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