Exercício da culpa
Ninguém suporta o silêncio
a corroer o peito
aprisionado, desfeito
em remorsos.
Suspeito de silenciar fatos
renegados a priori,
onisciente de pecados coletivos,
por conveniências...
por conveniências...
Mentira não cola, nem se cala.
Verdade dói antes de ser dita,
e aflora, mesmo que demore,
na sala iluminada da consciência.
Mas dia virá, no desassossego,
em que se confessará,
sem muito fazer esperar,
passado torpe, sombras e pesadelos...
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