Espaços lapidares
De saída, o sol da tarde relança
raios mornos
sobre lápides, nesse recanto triste
e solitário.
Ali ainda existem lembranças de
vidas descoradas.
Retratos se apagam aos poucos das
memórias,
e já quase nada revelam e falam aos
visitantes.
Mortos se esquecem dos que não estão
mortos?
O espírito vivifica em assentos
etéreos?
Apenas alguns vivos ali vão, para se
lembrarem
de que mais dias menos dias, também
o sol embaçado
menos aquecerá aqueles lugares de
frio profundo,
e repartirá como a tristeza de entardecer
moribundo.
Mais um 2 do11, desse 2016 ter-se-á finado.
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