quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Nuvens Esparsas (25)

Sinto, sou do vento,
meu pensar vem no ar
em movimentos.

Cato vento, sorvo alento,
no intento de agitar
com menor sofrimento.

Não contenho o tempo,
bastam-me momentos
para vagar turbulento.

Desejos passam de passagem,
para voltarem ao azul do céu,
às nuvens alvas do firmamento.

Esparsam-se os trovões,
a me conduzirem ao livramento
de tensões em excitamentos.

Meus rompantes vêm de dentro,
lufados redemoinhos barulhentos
a ajuntar ciscos de graça,
no centro revolto da praça.

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