Hoje é, já, de novo, sexta-feira,
amanhã sábado, depois domingo.
Logo virá segunda, num estalar de dedos,
e a terça, e a quarta e a quinta e todas as luas,
como a idade que contínua sempre na
sua.
Assim tudo é começo e recomeço,
na pressa do tempo passando,
indiferentes a desgaste de rosto
suando,
a apagares e acenderes de luzes,
a embaços e brilhos de olhos,
a desânimos e ânimos de horas,
a forças e vazios de âmago e
estômagos.
Será preciso correr e concorrer,
preparar as malas e conceber,
que a viagem não tardará
a chegar, sem avisar,